Ser mãe

A minha relação com a maternidade nem sempre tem sido fácil, tem-se construído em altos e baixos, em dias sim e dias não, não tenho vergonha de admitir, nem sequer de dizê-lo. O apelo da maternidade surgiu muito perto dos 30, antes disso até equacionava não vir a ter filhos, mas o amor tem destas coisas e foi em resultado dele que nasceu a vontade de ter um filho e mais tarde, o meu próprio filho. Não sou daquelas mães que me contente ou satisfaça só em sê-lo, preciso de mais para ser feliz (e não estou a falar de homens), a maternidade complementa, mas por si só não chega. Só assim sei viver, só assim consigo dar valor às coisas boas, quando elas estão más. Ontem depois de quase uma semana de birras e embirrações, o meu filhote acalmou, estava doce, doce. Eram festinhas para aqui, abracinhos para ali, muito colo, muito afecto, muitos miminhos. Quem disse que as mães não precisam de mimos? Eu preciso, e preciso destes "dias" do meu filho como as plantas precisam do Sol (como também preciso de sol).  Ajudam-me a dissipar dúvidas, a afastar fantasmas e a ser Mãe.